Depois de Jair Bolsonaro (sem partido) gerar mais uma crise diplomática com a China, o presidente do Fórum dos Governadores, Wellington Dias (PT-PI), pediu a realização de uma audiência virtual com Yang Wanming, representante do país no Brasil, para tentar contornar o mal-estar gerado por novo ataque do presidente. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (7) pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
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Na quarta-feira (5), durante fala em um evento em Brasília, o presidente sugeriu que a China teria se beneficiado economicamente da pandemia e insinuou que a Covid-19 teria sido criada em laboratório, tese já rejeitada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como arma para uma possível guerra biológica.
Com o encontro, governadores querem deixar claro ao representante chinês que discordam da postura de Bolsonaro e que são agradecidos pelo fornecimento de insumos para produção de vacinas contra a Covid-19. A China é, atualmente, a maior parceira comercial do Brasil e a principal fornecedora de matéria-prima para fabricação dos imunizantes.
Governadores e a preocupação com vacinas
Na quinta-feira (6), a direção do Instituto Butantan afirmou que as declarações de Bolsonaro afetaram a liberação de insumos pelas autoridades do país.
“Pode faltar [insumos]? Pode faltar. E aí nós temos que debitar isso principalmente ao nosso governo federal que tem remado contra. Essa é a grande conclusão”, disse Dimas Covas, diretor do Butantan.
De acordo com o jornal, Covas acrescentou que até dia 14 há compromisso de entrega de vacina, de um lote que totaliza 5 milhões de doses, e que depois disso não haverá mais matéria-prima para processar.